No Dia da Amazônia (06/setembro) uma emissoras de televisão, veiculou uma vinheta na qual , uma nativa da região, dizia: “ eu nem sei mais se ainda é pulmão do mundo!”.
Não é, nem nunca foi! Na verdade, foi pulmão do mundo no discurso de instituições ambientalistas, que erram ao adotar afirmativas ou expressões apelativas, como essa e outras. “Santuário ecológico” é um exemplo de denominação usada para as regiões de parques nacionais, ou seja, áreas verdes protegidas e preservadas pelo governo. Não estamos negando a necessidade de preservação ou conservação, porém, o termo denota algo intocável, como os entes sagrados! “É preciso reconhecer que a floresta não tem só árvore, tem gente!” Disse uma amazônida entrevistada em um programa de veiculação nacional.
A Revista Super interessante, especializada em trocar em miúdos a compreensão dos achados científicos, em 2019 divulgou: “A Amazônia não produz 20% do oxigênio do mundo. O fato é que todas as selvas e bosques do planeta, juntos, produzem 24%”.
Temos dito que em educação ambiental, se fala muito em ter consciência ecológica e que é preciso despertar a consciência das pessoas para o conhecimento e a ação cidadã, diante dos problemas ambientais, cada vez mais graves e céleres.
Em educomunicação, que é comunicação com finalidade educativa, uma das principais ferramentas é a “leitura crítica dos meios”, isto significa refletir sobre a confiabilidade das fontes e buscar as vozes dissonantes de um determinado discurso. É isto que buscamos fazer em Educação para o desenvolvimento Sustentável, Meta 4.7 do Objetivo 4- Educação de Qualidade, da Agenda 2040.
Estar bem-informado impede, por exemplo, que não reduzam a produção de soja como única finalidade de “... alimentar boi nos Estados Unidos”. Acredito que qualquer pessoa que vive na região tem que saber que defender a Amazônia é uma necessidade. Mas nada justifica mentiras e desinformação!
Uma pessoa bem informada tem capacidade de argumentar sua defesa da Amazônia e não “pagar mico”, como aconteceu certa vez em uma atividade educativa, uma servidora de uma instituição ambiental apontou o dedo pra um produtor pecuarista e o acusou de ser “inimigo do verde”, ironicamente, ele deu uma resposta que a deixou desconsertada: “não sou não, eu amo o verde , sobretudo o meu pasto quando está verdinho”.
A Ciência reconhece quem desempenha o papel de “pulmão do mundo”. Sabem quem é? Lhes conto na próxima postagem.
Saiba mais:
https://super.abril.com.br/ciencia/a-amazonia-nao-e-o-pulmao-do-mundo/